
As glicogenoses (também chamadas de doenças do armazenamento do glicogênio) são um grupo de distúrbios metabólicos raros e hereditários que afetam a forma como o corpo armazena e utiliza o glicogênio, uma forma de carboidrato que serve como reserva de energia.
Essas doenças ocorrem devido a defeitos em enzimas específicas responsáveis pela síntese ou degradação do glicogênio.
Existem diferentes tipos de glicogenoses, cada uma com características e sintomas distintos. Os principais tipos incluem:
- Glicogenose tipo I (Doença de Von Gierke): é o subtipo mais comum, causada pela deficiência da enzima glicose-6-fosfatase.
- Glicogenose tipo II (Doença de Pompe): causada pela deficiência da enzima alfa-glucosidase.
- Glicogenose tipo IV (Doença de Andersen): causada pela deficiência da enzima de ramificação do glicogênio (GBE)
- Glicogenose tipo V (Doença de McArdle): causada pela deficiência da enzima fosforilase muscular
Principais sintomas
Os sintomas e a gravidade deles variam de acordo com o tipo de glicogenose. Entre os sintomas mais comuns estão: hipoglicemia, hepatomegalia, fraqueza muscular, atraso do crescimento, alterações cardíacas e sintomas digestivos.
Diagnóstico
O diagnóstico das glicogenoses envolve uma combinação de anamnese e exame físico, exames laboratoriais séricos e de urina e avaliação da atividade de enzimas específicas. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de biópsia muscular ou hepática. Os testes genéticos ajudam a confirmar e a diferenciar entre os tipos de glicogenose.
Tratamento
O tratamento das glicogenoses depende do tipo específico da condição que afeta o paciente e pode incluir dieta, medicamentos e terapias de reposição enzimáticas, com o objetivo de gerenciar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e evitar complicações. O acompanhamento regular com uma equipe multidisciplinar é crucial para um manejo eficaz da condição.
Glicogenose Tipo I
A Glicogenose Tipo I, também conhecida como Doença de Von Gierke, é um distúrbio metabólico raro e hereditário causado pela deficiência da enzima glicose-6-fosfatase. Esta enzima é essencial para a conversão do glicogênio em glicose. Devido à sua deficiência, os indivíduos afetados enfrentam dificuldades em manter níveis adequados de glicose no sangue, resultando em episódios de hipoglicemia, especialmente durante jejum.
A Doença de Von Gierke apresenta um padrão de herança autossômico recessivo, o que significa que o indivíduo o que significa que uma pessoa deve herdar duas cópias do gene com a mutação para manifestar a doença.
Principais sintomas
Os principais sintomas da condição são:
- Episódios frequentes de hipoglicemia, que resultam em fraqueza, sudorese, sonolência e e podem levar a convulsões e perda da consciência
- Hepatomegalia (aumento no tamanho do fígado)
- Atraso no crescimento em crianças
- Irritabilidade e fadiga crônica
- Aumento na dosagem de lactato no sangue
Diagnóstico
O diagnóstico da Glicogenose Tipo I envolve anamnese médica, exame físico e testes laboratoriais, como análises de sangue para verificar níveis de glicose e lactato. A biópsia hepática pode ser utilizada para medir a atividade da enzima glicose-6-fosfatase e testes genéticos ajudam a confirmar mutações associadas à doença.
Tratamento
O tratamento da Glicogenose Tipo I foca na gestão da hipoglicemia e na manutenção de níveis adequados de glicose no sangue. A principal abordagem é a modificação da dieta, que inclui a ingestão frequente de carboidratos complexos, como amido de milho, para evitar episódios de hipoglicemia.
O monitoramento regular dos níveis de glicose é fundamental, e em crises hipoglicêmicas e a administração de glicose intravenosa pode ser necessária.
O tratamento é individualizado, levando em conta a gravidade da doença e as necessidades específicas de cada paciente. A educação sobre a condição e práticas alimentares é crucial, e o acompanhamento com uma equipe de profissionais de saúde especializada ajuda a garantir um manejo eficaz e a evitar complicações.

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