Glomerulopatia G3 (C3G)

A glomerulopatia C3 (C3G) é um grupo de glomerulopatias raras, definido pelo acúmulo anormal da proteína C3 do sistema complemento nos glomérulos, detectado na biópsia. Esse grupo inclui dois tipos principais: doença por depósitos densos (DDD) e a glomerulonefrite por C3 (C3GN).

A causa da C3G está na ativação descontrolada da via alternativa do complemento, o que leva ao excesso de C3 nos rins. Essa alteração pode ser consequência de autoanticorpos adquiridos ou, menos frequentemente, de mutações genéticas em proteínas reguladoras do complemento.

Sintomas

A evolução da C3G é variável, alguns pacientes têm evolução grave e rápida, enquanto outros permanecem quase assintomáticos por longos períodos. Em geral, os sintomas decorrem do comprometimento progressivo da função renal. Os mais comuns são:

  • Hematúria (sangue na urina, visível ou microscópico)
  • Proteinúria (perda de proteína na urina),
  • Edema (inchaço, principalmente em pernas e pálpebras),
  • Hipertensão arterial
  • Sinais de insuficiência renal crônica, como cansaço, náuseas e redução da produção de urina.

Diagnóstico

O diagnóstico da glomerulopatia por C3 envolve a associação entre quadro clínico, exames laboratoriais e a biópsia renal, que confirma o depósito predominante de C3 nos glomérulos.

A diferença entre as duas formas está na análise microscópica por microscopia eletrônica:

  • Doença por depósitos densos (DDD): depósitos intramembranosos eletrondensos e contínuos ao longo da membrana basal glomerular
  • Glomerulonefrite C3: depósitos mesangiais, subendoteliais ou subepiteliais, mais irregulares e sem a característica densa e linear observada na DDD.

Tratamento

O tratamento da glomerulopatia por C3 depende da gravidade da doença e da evolução da função renal. São realizadas medidas gerais que visam o controle da pressão arterial, a redução da proteinúria e o monitoramento da função renal. Em casos mais graves ou com progressão rápida, podem ser utilizados imunossupressores ou terapias direcionadas ao complemento. Em situações de insuficiência renal avançada, pode ser necessária diálise ou transplante renal. É fundamental o acompanhamento contínuo com a nefrologia.

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