
A tireóide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, que regulam o metabolismo do corpo, o crescimento e o desenvolvimento. A doença ocular da tireóide (DOT), também chamada de oftalmopatia de Graves, é uma complicação autoimune rara , grave e progressiva relacionada a distúrbios da tireóide. Na DOT ocorre inflamação e edema dos tecidos ao redor dos olhos.
Os principais fatores de risco para a doença ocular da tireóide incluem tabagismo, hipertireoidismo associado à doença de Graves, idade entre 40 e 60 anos, sexo feminino, exposição à radiação cervical e descontrole da função tireoidiana, além de tratamentos recentes com iodo radioativo, que podem agravar a condição.
Sintomas
Os principais sintomas são:
- Exoftalmia (olhos saltados)
- Olhos secos e irritação
- Vermelhidão e edemas das pálpebras
- Dor ou desconforto ocular
- Visão dupla (diplopia)
- Dificuldade para fechar os olhos completamente
- Perda de visão ( por compressão do nervo óptico)
Diagnóstico
O diagnóstico DOT é baseado na avaliação clínica dos sinais e sintomas oculares em pacientes com histórico ou suspeita de distúrbio tireoidiano. Exames de imagem podem ajudar a identificar o aumento dos músculos extraoculares e o edema dos tecidos orbitários. Além disso, exames laboratoriais avaliam a função tireoidiana e identificam a presença de anticorpos antitireoidianos, reforçando a associação autoimune da doença.
Tratamento
O tratamento da doença ocular da tireoide envolve controlar a inflamação e aliviar os sintomas, podendo incluir o uso de lubrificantes oculares, corticosteroides e, em casos mais graves, terapias imunossupressoras ou cirurgia orbital. É fundamental o controle adequado da função da tireoide e a interrupção do tabagismo, além do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, incluindo endocrinologistas e oftalmologistas, para prevenir complicações e preservar a visão.