
A Doença de Castleman é uma condição rara caracterizada pelo crescimento anormal de gânglios linfáticos. Pode ser unicêntrica (atinge apenas uma região) ou multicêntrica (mais grave, com sintomas sistêmicos). A forma multicêntrica pode estar associada ao vírus Herpesvírus Humano 8 (HHV-8), especialmente em pessoas imunossuprimidas.
A causa da Doença de Castleman ainda não é totalmente compreendida. Acredita-se que fatores como infecções virais, especialmente pelo HHV-8, alterações genéticas adquiridas ou hereditárias e mecanismos autoimunes possam contribuir para o desenvolvimento da condição.
Sintomas
Os principais sintomas variam conforme o tipo da doença:
- Unicêntrica: assintomática ou sintomas leves (dor local e edema)
- Multicêntrica: aumento generalizado de linfonodos e sintomas sistêmicos como febre, suor noturno, perda de peso, anemia, hepatoesplenomegalia, fadiga
Diagnóstico
Na forma unicêntrica, o aumento do linfonodo é muitas vezes descoberto por acaso. O diagnóstico é feito com exames de imagem e confirmado por biópsia do linfonodo, que é essencial para diferenciar de outras doenças, como linfoma ou lúpus.
Na forma multicêntrica, o diagnóstico é mais complexo e envolve a presença de múltiplos linfonodos aumentados, sintomas sistêmicos, possível infecção por HHV-8 e biópsia com achados típicos.
Tratamento
Na forma unicêntrica da Doença de Castleman, o tratamento principal é a remoção cirúrgica do linfonodo afetado, o que geralmente leva à cura completa.
Na forma multicêntrica, o tratamento é mais complexo e pode incluir medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, agentes biológicos e, em alguns casos, quimioterapia. O manejo deve ser personalizado e realizado por uma equipe multidisciplinar devido à gravidade e à natureza sistêmica da doença.